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Na quinta-feira, o presidente local do PDT, Marcelo Bisogno, teve encontro, em Porto Alegre, com o recém-empossado presidente estadual do partido, o deputado estadual Ciro Simoni (ele era vice de Pompeo de Mattos, com quem agora trocou de posição).
O objetivo, segundo disse Bisogno ao colunista, era dar sequência ao trabalho já iniciado com Mattos, que significou a criação da Frente Democrática Trabalhista em Santa Maria - com a participação também e principalmente de PSB e PC do B. E que conta com a adesão do Rede, do PV e, garante o trabalhista, também do PROS, em articulação comandada pelo presidente estadual daquele partido, o deputado estadual Rodrigo Maroni.
Na próxima terça-feira, ocorrerá novo encontro na Capital. Desta vez, mais amplo. Reunirá, também, o presidente local do PSB, Fabiano Pereira, e a direção estadual dos socialistas, a começar pelo presidente em exercício Mario Sander Bruck (que ocupa provisoriamente o cargo do titular, José Stédile).
É improvável, embora não seja impossível, que nesse papo surja a decisão sobre quem assumirá a cabeça da chapa majoritária municipal: se Marcelo Bisogno ou Fabiano Pereira, com o compromisso de que o preterido seja o vice. Mas haverá grande avanço. É essa expectativa colhida junto a fontes das duas agremiações.
As dificuldades havidas, e elas se prendem basicamente ao fato de que são dois nomes fortes para um único cargo, foram superadas. E ninguém nega que para isso contribui, e em muito, o comunista do PC do B Werner Rempel. Respeitado por todos, acabou conversando com Fabiano e Bisogno nos últimos dias.
Foram reuniões para referendar a presença do PC do B no condomínio socialista-trabalhista e buscar um acordo que una a todos. E que também garanta a competitividade da Frente na eleição de novembro.
É verdade que os líderes do PDT e do PSB, seja a iniciativa de um ou de outro, têm participado ativamente de eventos virtuais, com "lives" pelas redes sociais tratando de assuntos pertinentes à cidade e à própria elaboração do plano de governo.
É consenso, porém, entre os ouvidos pelo escriba, que tudo andará melhor quando vier a definição oficial. E, sobretudo, se não houver (como ainda é o temor - que se diga, externo aos partidos) absoluta coesão interna após a decisão.
De todo modo, que se diga: os dois, Fabiano Pereira e Marcelo Bisogno, em todas as manifestações públicas, jamais destoaram. Sempre destacaram estar "juntos e unidos". Então, por que duvidar? A propósito, no meio da semana, e não houve mudança alguma até o momento, o líder pedetista disse, textualmente, a este repórter: "estamos juntos, estamos unidos. Um vai estar na cabeça, outro será vice. Isso não tem dúvida". Logo...
Solução caseira de Jader e a sintonia fina do governismo
NAS INTERNAS - Jader Maretoli, pré-candidato do Republicanos a prefeito, de forma direta e sucinta, reafirmou ao colunista: "iremos anunciar o nosso (a) vice no final do mês, sendo de alguma coligação ou do partido. Continuamos ainda em conversa com alguns partidos, mas já estamos com o nome definido internamente, caso não seja definido com as coligações."
Resumo da ópera: o partido tende a se aliar apenas com siglas próximas, de preferência com alguma identidade conservadora. Até para que Maretoli consiga sustentar o que pretende, para o pleito. Que é, como declarou a esta página, ser o "candidato da família". Se isso não for obtido, a solução será mesmo caseira.
SINTONIA FINA - Ainda que não tenha divulgado oficialmente, até o momento em que a página é fechada, é certo que o parceiro de chapa de Jorge Pozzobom, do PSDB, na disputa de novo mandato, será mesmo o ex-presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), empresário Rodrigo Décimo (foto), do PSL. Aliás, informação que o leitor desta página conhece desde 18 de julho.
O que estaria faltando, então, para que a aliança centro-conservadora (vamos dizer assim) seja assumida pelo consórcio montado para esta eleição, e que tem a parceria também do PTB e, ainda que não tenha oficializado, o DEM?
Na verdade, o que sobra são reuniões entre os articuladores da chapa tucano-pesselista-demo-petebista. Tudo para criar o que um graúdo chamou de "sintonia fina". Que nada mais é que a superação das diferenças e, sobretudo, definir o papel de cada sigla na campanha e sim, depois, na eventualidade da vitória.
Todos querem saber (é o que se debate, nos vários trololós) o que farão durante a disputa e qual o quinhão posterior, se o grupo for vitorioso. Não é simples?
Carla Kowalski, presidente do Cidadania Mulher, a vice de Behr: solução interna
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As palavras são de Evandro de Barros Behr, em contato "whatsápico" com o escriba:
- O Cidadania mantém a política de aproximação com os partidos que queiram se somar à jornada. Vamos utilizar a totalidade do prazo para essa finalidade.
E o advogado e empresário, pré-candidato a prefeito pelo Cidadania, acrescenta:
- Muito embora consideremos ser muito cedo para a definição da função de vice, é certo que Carla Kowalski (presidente do Cidadania Mulher, foto) tem todos os requisitos técnicos para assumir a posição de pré-candidata a vice-prefeita em nossa chapa majoritária.
Agora, a tradução claudemiriana, com base nas observações feitas ao longo das andanças dos dirigentes do partido em Santa Maria e que já foi PPS e, mais remotamente, PCB.
A realidade é que os partidos grandões (de Santa Maria e do planeta, que se diga) se mostram refratários a novas lideranças. Se veem naturalmente ameaçados. É a luta pela sobrevivência. Que tem de ser furada aos poucos.
Assim é que a viabilização da chapa com Behr e seu partido tende a ser mesmo apenas na base do eu sozinho. Ou, quem sabe, com outra sigla menor e as mesmas dificuldades, inclusive na quantidade da militância.
De maneira que é como a coluna antecipou há já três semanas: o Cidadania se encaminha meeesmo para apresentar, na cidade, a dobradinha Behr-Carla.
O resto? É apenas discurso, nada mais.
LUNETA
COM SOBRA
Presidente do PP, Mauro Bakof, celebra a quantidade e, ele não tem dúvida, a qualidade da nominata a ser apresentada pelo partido à Câmara. Disse também que chegaram a ser 60 pré-candidatos. O número foi reduzido para 37, dos quais ainda serão cortados cinco até a convenção, no início de setembro. Curiosidade: Bakof afirmou ao escriba que alguns dos preteridos foram para siglas adiadas, para concorrer. Mmmm...
CAUSA PRÓPRIA
O vereador Alexandre Vargas, do Republicanos, faz legítimo malabarismo verbal para tentar convencer o distinto público. Porém, sua "Moção de Congratulação à Fiscalização Municipal pelos serviços prestados durante a pandemia" não foge ao óbvio. Ainda que contemple setores como vigilância e trânsito, nos quais o edil não atua, é fato que Vargas está no quadro de fiscais do município. Logo...
MUNDO RP
Curiosidade, para bem além da política: a Secretaria Municipal de Cultura tem, junto ao comando, nada menos que três graduadas em Relações Públicas. Todas, por sinal, pra lá de reconhecidas por sua capacidade e inserção profissional, a começar pela secretária, Rose Carneiro. As demais são a assessora Fabrise Müller e a Chefe de Gabinete, Caroline Viana.
FACTOIDES
O que é factoide? Para os dicionários, é "declaração (falsa, não verificada ou fabricada) questionável ou espúria apresentada como fato, mas sem provas." Se você se der ao trabalho e usar o bestunto (há os que preferem ignorar, o que é uma pena) perceberá que, já no período de pré-campanha, meia dúzia do tipo já surgiu. Se quiser (e imagina-se que deverá querer), o Ministério Público Eleitoral terá muito trabalho.
PARA FECHAR
Talvez até com custo político, dado o histórico do Legislativo (que, não raro, se lixa para pareceres jurídicos), a Procuradoria da Câmara deu exemplo de como deve ser: não caiu no conto de projetos demagógicos, quando não oportunistas e eleitoreiros, e mostrou, tintim por tintim, porque propostas para tornar "essenciais" templos, academias e afins são, simplesmente, inconstitucionais. Palmas!